Esposende... A cidade POUCO AMIGA da criança - Perigos & (falta de) Parques!

Há já muito tempo que queria escrever sobre a vida das crianças nesta cidade mas depois do que nos aconteceu ainda há pouco, decidi que de hoje não podia passar. Talvez este seja o primeiro post de uma série...

(Foto de Maio de 2021)

Desde que encerraram os parques infantis com a justificação da pandemia, estes nunca mais voltaram a abrir. Sabe-se que (pelo menos 2) entraram em obras de requalificação, mas desconfio que as crianças do concelho irão passar o verão sem um parque para brincar. Para os que não sabem, os parques não servem apenas para proporcionarmos desafios motores às crianças, são também um local de socialização privilegiado. E já que escrevo sobre isto, espero que na requalificação não se esqueçam das sombras, espaços naturais e espaços para os adultos. Se for necessário posso (continuar a)indicar alguma bibliografia...



O maior problema é que, nos espaços adjacentes aos dois parques infantis existentes na marginal de Esposende, o piso de madeira é um "campo minado" cujas tábuas partem a cada passo. Há cerca de 2 anos atrás fui eu que me lesionei ao caminhar, enfiando um pé em falso numa tábua que partiu. Por sorte, não parti uma perna. Desta vez foi mais grave, foi a minha filha de 6 anos (que pesa pouco mais de 20 kg) que ficou com escoriações na perna toda, pela mesma razão. Desta vez, a reclamação será oficial, no livro de reclamações!

Autarquia de Esposende, de que adianta encher uma marginal de obras de arte, quando caminhamos num piso podre? Quando temos parques fechados e muitos outros sem manutenção... Igualmente podres!

Quando quero contemplar obras de arte, vou ao museu ou a espaços de exposição. Quando caminho num passadiço, quero segurança. ESTOU CANSADA DE VER O MUNICÍPIO GASTAR DINHEIRO EM ESTÁTUAS PORQUE AINDA NÃO VI O MESMO INVESTIMENTO EM EQUIPAMENTOS EDUCATIVOS!

Gostava que me provassem que estou errada... Também gostava de ver uma corrida ou caminhada dos vereadores por aquele espaço e de ver quantos conseguiriam terminar o percurso sem lesões. Bem, confesso que na verdade queria que alguns deles enfiassem uma ou duas pernas pelos buracos. Talvez assim percebessem o perigo que ali está.

De que adianta anunciar seminários e workshops sobre a importância do brincar e anunciar-se como cidade educadora, quando o que vemos diáriamente é o contrário? Uma cidade sem espaços dedicados às crianças e sem manutenção de espaços comuns.

Professor Carlos Neto, lamento... Mas veio cá fazer um "sermão aos peixes". 

A quem visitar Esposende, tenham cuidado! O perígo está por todo o lado!







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