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Tartarugas Marinhas: ciclo de vida e construção de mini-mundo

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Foi a partir de uma proposta da escola ("desenhar uma tartaruga passo a passo"), que surgiu este interesse por conhecer mais sobre a vida das tartarugas. Fomos à nossa biblioteca de casa procurar alguns livros que nos pudessem ajudar a saber mais sobre as tartarugas. aos livros são um gosto partilhado de mãe e filha e por isso encontramos sempre alguns que possam responder às nossas questões. São ferramentas de trabalho da mamã, preciosos para a aquisição de novo vocabulário e conhecimentos. Foi então que surgiu a ideia de construir um mini-mundo do ciclo de vida da tartaruga marinha. Os livros que utilizamos: - Maravilhas da Natureza  (Faktoria de livros), o preferido da Íris ou como ela lhe chama: "o livro que tem tudo"! - O grande livro dos oceanos (Bizâncio), aquele que aparece nas imagens... - As viagens dos animais (Edicare) que adquirimos na didactic. - 10 razões para gostar da tartaruga (Fábula), que trouxemos da livraria Cávado, em Esposende; - Uma nova

Eu sei que os parques infantis estão fechados... Mas tomei a liberdade de desobedecer!

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  Não sei se já se deram conta de que as nossas crianças "não devem" frequentar parques infantis públicos há cerca de 6 meses... Pois é... O problema é que a infância não pode esperar tanto. Seis meses é muito para a vida de uma criança e a própria infância desenvolve-se num curto espaço de tempo. Por isso, tomei a liberdade de desrespeitar a regra e fomos ao parque! Experimentar diferentes sensações (baloiçar, escorregar, rodopiar, trepar) e socializar fora do círculo familiar ou escolar, é tão importante como ter uma alimentação saudável. A diferença é que este tipo de experiências alimenta a formação da personalidade e o desenvolvimento pessoal de cada um.  Cada vez mais observo uma histeria desmedida à volta da Covid19 e há coisas que simplesmente não fazem qualquer sentido. Não desvalorizando o impacto desta pandemia (até porque pertenço a um grupo de risco), é tempo de repensar determinados procedimentos e a forma como estão a ser implementados, bem como o impacto que t

Ser Educadora de risco em tempo de pandemia...

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Em Junho não regressei à escola! Apelidei de "Covidiotas" aqueles que diziam não ter medo vírus, que até olhavam de lado quem usava máscaras, blá, blá, blá... Podem ver num dos posts anteriores. No entanto, fui-me preparando para um  regresso presencial. Consultei um médico da especialidade (que em junho não estava disponível), tomei vacinas, comprei máscaras, desinfectantes e voltei à escola com alguma noção da realidade. E a realidade baseia-se no factor "sorte", estilo roleta russa.  Se continuo com medo de ficar infectada? Claro que sim! Mas eu sou feliz no meu trabalho! Também não é por existir a possibilidade de ser atropelada ou de ter um acidente, que deixo de sair à rua.  Sabemos mais agora do que em Março ou Junho!  Muitos dos "heróis Covidiotas" de Junho, os mesmos que me inspiraram na altura, parecem estar agora a "panicar". Agora, que perceberam a dimensão das coisas sem se terem prevenido antes.  Tenho observado exageros em coisas t

Área da linguagem - coordenação e motricidade fina (treinar o traço para a escrita)

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Estamos no primeiro fim de semana após o início das aulas e por cá, os TPC's ficam à consideração da pequena. Se quer fazer, faz, se não quer, tudo bem. "Seguir a criança" é respeitar os seus interesses e o seu ritmo. Ao adulto, cabe a tarefa de cuidar do ambiente e observar. Através da observação conseguimos perceber os seus interesses e necessidades, preparando ambientes que possam despertar o interesse por outras áreas na qual a criança se possa sentir menos à vontade ou, por outro lado, aumentar o conhecimento numa área ou interesse específico. É, no entanto importante manter um equilíbrio em termos de desenvolvimento e coerência por parte das propostas do adulto. Apesar de já ser capaz de ler há algum tempo, a Íris ainda não escreve ao mesmo ritmo (como é óbvio, pois tem apenas 5 anos). Hoje, pela manhã, demonstrou interesse pelos encaixes metálicos (que no nosso caso são de plástico).  Os encaixes metálicos são um material que se enquadra na área da linguagem pois p

Não existe "novo normal"!

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Ou é normal ou não é normal... E se é novo, não pode ser normal! É normal uma criança brincar, ir ao parque, correr, saltar, dar gargalhadas com os amigos, subir às árvores, sujar-se, fazer birras, chorar, querer colo... Não é normal querer que crianças usem máscaras na escola, que todos os adultos estejam sempre de máscara e distanciados, que privem os mais pequenos de conviver uns com os outros...  É normal que se expliquem as razões do uso de máscara pelos adultos, que se ensinem protocolos de etiqueta respiratória (tossir para o braço, por exemplo), de higiene (lavando frequentemente as mãos) e que estes procedimentos se façam de forma tranquila. Não é normal instalar um clima de medo e um ambiente asséptico. Só se é criança durante um curto espaço de tempo das suas vidas, façamos com que as nossas crianças iniciem um ano atípico da forma mais tranquila e normal possível!  Como? Com adultos conscientes do perigo, calmos e responsáveis pois dessas atitudes depende o equilíbrio emoci

"Raisparta" a bolha!

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Já aqui referi anteriormente que pertenço a um grupo de risco (e continuo a pertencer). No entanto, os tempos mudam e nós mudamos com eles... Sou Educadora e o meu trabalho só se pode fazer presencialmente, pois é relacional, é um trabalho de afectos e de extrema importância na formação da personalidade dos adultos do futuro.  Desde que esta pandemia começou, acho que todos nós já tivemos oportunidade de ir conhecendo um pouco mais sobre este vírus, que continua a ser, maioritariamente, uma interrogação. No entanto, temos que conviver com o Covid19, quer queiramos, quer não!  Fomos apanhados de surpresa em Março e cada um reagiu de forma diferente. Confesso que deixei de ver noticias sobre "a coisa", na televisão (o que foi benéfico) e procurei resguardar-me a mim e à minha família durante esses primeiros tempos, sobretudo depois da perda de um familiar, evitando contactos fora do núcleo próximo, idas às compras (fazendo com que as compras venham até nós) e tendo o cuidado de

O acesso das crianças à arte!

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Todas as crianças deveriam ter acesso frequente à arte, nas suas diferentes vertentes. A música, as artes plásticas, o teatro, o cinema, a dança e a escrita proporcionam aprendizagens insubstituíveis. Perspectivar o mundo de diferentes formas contribui para um desenvolvimento harmonioso em todas as áreas, assim como estímula o pensamento crítico e reforça competências emocionais.  A educação estética e artística é muitas vezes colocada em segundo plano, dando prioridade à matemática e leitura de textos muitas vezes desadequados aos interesses de cada um.  Ao envolver as crianças nas mais variadas formas de arte, observando, interagindo e fazendo parte de processos artísticos, estaremos a contribuir para a educação de cidadãos conscientes do mundo que os rodeia, sensíveis às diferenças e perspectivas dos outros. Na perspectiva de Sophia de Mello Breyner, pelas palavras de Guilherme D'Oliveira Martins: "Um dia perguntaram a Sophia de Mello Breyner o que seria indispensável numa

Férias 2020 vs covid19

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Este covid veio alterar os nossos planos de férias... Mas como diz o ditado, o que interessa é que haja saúde!   Aproveitemos os pequenos prazeres que a vida nos dá, na companhia daqueles que mais amamos, onde quer que seja.   Este ano, que seja maioritariamente em casa, afinal temos a sorte de morar num sítio que muitas pessoas procuram em tempo de férias.    E agora sim,a merecida pausa no trabalho, vou desligar a ficha por uns tempos e aproveitar os momentos em família, os passeios ao luar e os banhos de sol despreocupados 🥰.    Boas Férias!   

Mamã, quero peixinhos para o meu aquário! Dar continuidade aos interesses da criança.

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A primeira vez que o nosso aquário teve habitantes, tinha ela um ano e meio. Foi pedindo peixes de vez em quando mas conseguimos sempre que mudasse de ideias porque morriam em pouco tempo... Desta vez, foi mais firme na decisão!  O interesse Numa sexta-feira perguntou se podia ir comprar peixes com o dinheiro dela (coisa rara porque nunca o quer gastar) e percebi que o assunto era sério! Respondi que antes dos peixes, seria necessário lavar o aquário, enchê-lo e deixar repousar. No dia seguinte, voltou a perguntar, mas era sábado e as lojas só abririam na segunda-feira. Na segunda-feira ao acordar, adivinhem qual foi a primeira pergunta? A que horas abria a loja... (Eu nem sabia onde ia encontrar peixes para o aquário em Esposende).  Tratamos de preparar o ambiente. As noções de tempo estão já perfeitamente interiorizadas mas a sequência de acontecimentos ajuda na organização do pensamento e por isso revemos mentalmente, verbalizando, os passos a seguir.  A pesquisa Fomos pesquisar na

Caros COVIDiotas, o vosso discurso já me irrita!

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Basta olhar para os gráficos da DGS e perceber que a pandemia não se desfez no ar... Há pais fartos de estar em casa com os filhos (que já foram à correr despejá-los à escola mesmo sem necessidade, porque não trabalham) e há aqueles que agradecem cada momento em que podem estar juntos! Como em todos os assuntos controversos, há sempre alguém pessimista a dizer que o mundo vai acabar e do outro lado, alguém optimista demais quanto a esta questão (normalmente quem ainda não o sentiu na pele).  O que devia era imperar o bom-senso!  Estou cansada dos COVIDiotas... "aqui não há vírus" dizem eles. Máscaras? Usam e reusam a mesma (descartável) porque é "só para inglês ver".   Quando encontram alguém de máscara, até fazem aquele sorrisinho parvo do "olha aquele com medo de apanhar o vírus". Já agora, que mal pode fazer uma "festinha" com 10 amiguitos que sabe-se lá com quantas mais pessoas contactaram? (leia-se com ironia por favor).  Pela primeira vez,

Conciliar o teletrabalho com a educação de uma criança pequena sem ligar a TV!

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À medida que o tempo foi passando, fomos encontrando o nosso próprio ritmo e adaptando as rotinas às necessidades de todos. Por motivos de saúde (preventivos), continuamos confinadas maioritariamente a casa.  Já não vamos às compras desde Março, continuamos a fazer os nossos passeios ao ar livre, perto de casa, actividades no exterior (jardim de casa) e convivemos apenas com os familiares mais próximos. A actividade física moderada, saídas ao exterior e contacto com os avós é crucial para um desenvolvimento saudável a todos os níveis.  Mantemos o isolamento/afastamento social e apesar de ter apenas 5 anos, a pequena usa máscara quando necessário e já percebeu a importância do afastamento social nos dias que correm. Desde o nascimento, nunca usamos a TV como "babysitter" e faz-me alguma confusão que agora se valorize tanto a transmissão de conteúdos educativos através deste dispositivo ou de um ecrã de computador.  Só durante a quarentena começamos a permitir o ace

A importância dos brinquedos abertos na organização do pensamento e na resolução de problemas.

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Os "brinquedos abertos" são aqueles que permitem à criança fazer deles o que querem que sejam. Isto é, permitem que lhes sejam atribuídos diferentes significados e por isso têm propriedades muito simples, como por exemplo, simples blocos de madeira.  Estimulam a imaginação, a criatividade e a interação uma vez que dependem da criança para obter funções e não o contrário, em que a criança tem que corresponder exatamente ao que o brinquedo pretende.  O "lago" que podem ver na imagem, não é mais do que uma das peças de uma torre de construção (habitualmente associada a brinquedos de bebé) mas também já foi uma mesa, uma piscina, um carro...  A utilização de "peças soltas" permite a exploração das propriedades dos materiais e suas possíveis utilizações, ao mesmo tempo que estimula a capacidade de organização espacial e a capacidade de resolução de problemas. Estas peças podem ser argolas, pedras, conchas, etc.  A "casinha" de madeira e

Mas afinal, qual o benefício da abertura dos jardins-de-infância para a maioria das crianças nesta altura?

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Atrevo-me a responder... Nenhum! Sempre fui pessoa de "agarrar o touro pelos cornos" e de enfrentar os desafios de frente, sem medos... Mas tenho aprendido algo ao longo da vida, prudência!  Recordo muitas vezes uma questão que se levantava enquanto frequentava o curso de intervenção familiar e sistémica: é a família que precisa do terapeuta ou o terapeuta que precisa da família?  Não consigo compreender a decisão de abrir os estabelecimentos públicos por 17 dias lectivos... No entanto, percebo que o negócio dos privados force decisões destas. Ou seja, é a escola que precisa dos alunos e não é oferecida outra opção aos pais que não têm com quem os deixar.  A educação pré-escolar é a mais valiosa e que mais influencia o desenvolvimento, por abranger um período sensível de maior aprendizagem da criança mas não é obrigatória. No entanto, há uma parte significativa das aprendizagens que deve ser feita em família, se houver tempo e disponibilidade.  Sempre defendi que

O regresso à creche é um regresso ao século XIX

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As creches já não deviam existir! Um país que valoriza a infância deveria permitir licenças até aos 3 anos de idade, nem que fosse a receber apenas 50% do vencimento. Agora, colocar na linha da frente os mais indefesos, em condições que perturbam o normal desenvolvimento da criança é simplesmente vergonhoso! É de uma ignorância gritante que não conheçam a realidade portuguesa, da falta de pessoal, de materiais, de espaços... Os Educadores de creche nem vêem o seu tempo de serviço reconhecido. Mas agora, são imprescindíveis. Tenho vergonha de um país que não protege o nosso futuro...  Tenho vergonha de um país que confunde creches e jardins de infância com armazéns...  Tenho vergonha que num momento destes nos peçam para atropelar direitos fundamentais das crianças!  É simplesmente ridículo abrir uma escola com sala de pré-escolar pública por 18 dias lectivos, em que os mais velhos (do 1°ciclo) permanecem em casa. É a maior ironia de todas? É que reabrem obrigatoriamen

Explicar o conceito de tempo, do concreto ao abstracto.

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Até aos 6/7 anos de idade, é importante que exista um suporte concreto das aprendizagens, de preferência manipulável, para que as crianças possam compreender conceitos utilizando os diferentes sentidos.  A criança precisa de experimentar concretamente, tocando, manipulando e utilizando objectos reais, miniaturas, ou simbolicas, para que se aproprie das características e dos significados. Posteriormente poderá criar uma imagem mental do que percepcionou, compreendendo os conceitos de forma abstracta. Quando abordamos a questão do "tempo", considero relevante diferenciar tempo cronológico de tempo atmosférico, pois a mesma palavra pode ter diferentes significados.  Habitualmente utilizo o termo "meteorologia" mas é inevitável que o termo "tempo" se utilize frequentemente. Aos objectos do boletim meteorológico, decidimos acrescentar uns cartões (que desenhei e pintei) com os estados do tempo porque já não é suficiente olhar lá para fora e d

Como motivar as crianças para tarefas que não lhes agradam.

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Cada criança tem o seu próprio ritmo de desenvolvimento, os seus interesses, áreas em que são bons e outras áreas em que são menos bons. Muitas vezes demonstram alguma relutância em realizar actividades em que eles sabem que são menos bons. O segredo está em atraí-los com algo que os interessa e incluir actividades que possam promover o desenvolvimento das suas competências menos trabalhadas. No nosso caso, é do recorte que ela não gosta nada! Mas adora estas mesas preparadas e ciclos de vida!  Este ano ainda não tinhamos conversado sobre o ciclo de vida das abelhas. Encontrei uns materiais gratuitos no TPT da  "Family has tools"  e outros no  Bosque Feliz DIY , que imprimi e plastifiquei. Juntei ainda alguns livros e materiais que tinha por casa, que pudessem relacionar-se com o tema ou ser utilizados com um propósito. É importante que o que propomos às crianças tenha um objectivo, uma contextualização e relação com os seus interesses.  Gosto de ofer