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A mostrar mensagens de 2023

Todas as crianças deviam ter a oportunidade de construir cabanas durante a infância! - Os jardins de infância não são "gaiolas"!

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Devia ser proibido crescer sem poder brincar lá fora todos os dias, nos recreios, nos montes, rios e praias. Então se ficarem ao lado da escola, não há justificação para não sair a pé. Ninguém devia chegar à idade adulta sem ter construído uma cabana com os seus amigos de infância, pois são memórias que permanecem no nosso imaginário. Já o referi várias vezes, o Escotismo foi a minha melhor escola e não há nada que nos impeça de continuar a ser Escoteiros na vida, mesmo não estando activos no movimento. Conhecendo vários modelos pedagógicos, facilmente se cruzam fundamentações e intenções pedagógicas. Não há nada que possa substituir este trabalho de equipa, a divisão de tarefas, o empenho e dedicação de todos para um fim comum. Os jardins de infância não podem continuar a ser "gaiolas", devem permitir uma vida plena, em harmonia com a natureza e com o meio envolvente, independentemente das condições atmosféricas. O

O monstro das cores veio à escola e nós também! - Reciclar lápis de cera

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Na nossa sala lemos uma história por dia! São consequências de ter uma Educadora livrólica (pouco) anónima 😆 Juntamente com o livro do monstro das cores que veio à escola, cada criança recebeu 1 lápis/figura de cera com os quais puderam expressar o misto de emoções que habitam dentro de cada um neste regresso às rotinas escolares. Estes lápis foram feitos a partir de restos de lápis de cera de anos anteriores, que existiam na sala. O processo é bastante simples, basta partir os pedacinhos e coloca-los numa forma, levar ao forno, aguardar que derretam e depois deixar arrefecer. Depois, é só fazer o convite para quem desejar registar as emoções os utilize. 🙂 E ainda sobraram alguns para levar para casa 😉

25 anos de Educação de Infância

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Há 25 anos atrás, a 01 de Setembro de 1998, iniciava o meu percurso profissional enquanto frequentava o ano de licenciatura em regime pós-laboral.  1/4 de século dedicado à Educação de Infância, que me continua a deslumbrar a cada ano que passa!  Apesar de todos os constrangimentos que afectam a carreira docente, não consigo de deixar de sentir um entusiasmo especial por este 25° ano de serviço que será vivido no JI de Durrães, com parte da turma que me acolheu em 2022/23. Que seja pleno de alegrias e aprendizagens! Bom ano letivo também a todos aqueles que acompanham este espaço virtual 🙂!

Da necessidade à aprendizagem - Projecto de tecelagem

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Nesta casa de bonecas não havia tapetes... Foi assim que surgiu o interesse pelo "projecto" de tecelagem em casa! Nas férias da Páscoa, nas férias desportivas e na edição deste ano da "Galaicofolia", a pequena já tinha aprendido mais sobre esta actividade ancestral e aplicado a tecnica nos dois workshops sob a orientação dos tecnicos do Centro Interpretativo do Castro S. Lourenço. No entanto, à excepção do mini tear decorativo, as peças ficaram no Centro Interpretativo.  Assim que surgiu a necessidade de ter tapetes na casa de bonecas, pôs mãos à obra, mobilizando os conhecimentos já adquiridos para a  execução do seu projecto. E porque lhe chamo projecto? Porque é uma terminologia bastante usada em educação mas nem sempre compreendida por todos. Nesta actividade existem algumas etapas até chegar ao produto final, transformando-a num projecto da criança pois foi dela que partiu a necessidade! Mais importante do que lhe satisfazer

Cá em casa não há banhos de água gelada mas eu não sou influencer nem influenciável!

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Esta semana fiquei preocupada com a notícia da criatura que dá banhos de água gelada à filha de 3 anos para lhe mostrar quem manda... Mãe que é mãe não faz coisas destas! E preocupo-me porque esta pessoa se considerou competente para dar conselhos sobre parentalidade. Por favor, se é uma das... Digamos... 10 pessoas a ler este texto, escolha bem as fontes de informação e em caso de dúvida escolha profissionais da área! O "instagram" não é o melhor local para encontrar estratégias educativas. Mesmo entre os profissionais, nem todos vão ao encontro das nossas expectativas, crenças, modelos educativos e deve imperar o bom-senso.  Não querendo influenciar nada, ao contrário de alguns adeptos de banhos de água gelada 🙄 cá em casa preferimos banhos relaxantes! É uma estratégia diferente mas também envolve água. Digamos que é uma alternativa bem mais agradável com um propósito educativo. Não, a minha criança não estava a fazer uma birra mas como eu acredito

Faz a tua pasta de dentes!

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As crianças não deixam de ser crianças nem deixam de gostar de brincar quando entram no primeiro ciclo. É certo que se torna gradualmente mais difícil escolher brinquedos e actividades cativantes (ou talvez não), capazes de concorrer com a atratividade dos dispositivos electrónicos. O segredo está em conhecer a criança, os seus gostos e interesses bem como o plano de desenvolvimento em que se encontra.   Não conheço muitas crianças que não se sintam interessadas por experiências e a minha não é excepção. Numa das suas visitas, a "Fada dos dentes" deixou um kit da Ambar Science  que tem sido fonte de diversas explorações. Uma das propostas é fazer uma pasta de dentes com propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias. A pequena colocou mãos à obra e reuniu os ingredientes que não vinham no kit mas que são muito fáceis de encontrar na cozinha. Poucos minutos depois, já tínhamos pasta de dentes!!   Fica a sugestão pa

Os pais não precisam que a escola invente actividades para passarem tempo juntos...

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Não gosto dos projetos e projetinhos das escolas cujo único objectivo é tão só: "fazer com que os pais brinquem ou joguem qualquer coisinha com os filhos"! Como Educadores / Professores, não temos que motivar os pais a brincar com os próprios filhos ou os filhos com os pais, devia ser algo natural entre ambos. Se não existe esse hábito é porque um dos intervenientes não quer... E se não quer, há que respeitar! Tudo o que é forçado deixa de ser natural e consequentemente genuino. Não sabemos quais são as rotinas tão próprias de cada familia, nem conhecemos as especificidades das relações, interações,  como fazem a sua gestão do tempo e dos seus gostos pessoais. Insistir no "trabalhinho" que "vai pôr os pais a brincar com os filhos" é desnecessário pois se há famílias que se divertem a ver um filme juntos, há outros que só querem um colinho, outros que se divertem a cozinhar, a andar de bicicleta ou até a não fazer nada! Nós? Divertimo-nos imenso

Uma Catraia de livros... Afinal ainda há crianças que gostam muito de ler!

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A "catraia de livros" é dos eventos anuais preferidos da nossa filha! Confesso que dos meus também! 🙂 Dizem que as crianças de hoje em dia não lêem... Mas talvez os pais se tenham esquecido de lhes dar um exemplo a seguir. Cá em casa, todos gostamos de ler! Talvez seja por isso que a nossa "catraia" adore livros, porque cresce com eles! Aliás, não sai de casa sem um... Ou dois! Esta não é apenas "mais uma feira do livro", são duas semanas dedicadas a eventos culturais relacionados com a leitura, entre os quais, a participação dos alunos da Escola de Música de Esposende (da qual a I. também faz parte) com um repertório alusivo ao tema, apresentações de livros de escritores conhecidos, palestras, entre outras actividades. Como é algo próximo do ponto de vista relacional e local, tem outra relevância. Confesso que também gostaria de ter assistido a momentos de divulgação de livros de autores locais, menos mediáticos, como aquele que a

Heranças culturais - Oficina da regueifa e do biscoito em Valongo

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                                                Cada família carrega heranças culturais muito diversas, que devem ser preservadas e transmitidas aos mais novos, para que também eles as conheçam, vivenciem e as transmitam a gerações futuras. Mais importante do que conhecer tradições de outras localidades, é conhecer aquelas onde residem as nossas origens.  Para replicar os estilos de vida de antigamente, como que um "regresso ao passado", temos hoje em dia variadíssimos recursos ao nosso dispor.  Além do património oral, das histórias que os nossos pais e avós nos contam sobre tempos antigos, podemos visitar museus, centros interpretativos e consultar registos sobre os nossos antepassados.  C omo cresci muito perto de Valongo e viajava todos os dias de comboio para a estação de S. Bento, era frequente ver padeiras a vender regueifa na estação de Ermesinde, com uma canastra à cabeça.  Foi a curiosidade sobre esta memória de infância que nos levou a visitar a