Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2021

Nem só de E@D vivem as crianças. Não desperdicemos o tempo da infância!

Imagem
De um dia para o outro fomos literalmente mandados para casa. Parques fechados, marginais fechadas, visitas aos avós canceladas... Logo no início, a pequena perguntou se podia levar um cão de brincar (daqueles que se vendem nas feiras) à rua. Não temos cão a sério. Dizia ela que ninguém iria notar e assim davamos um passeio. Percebeu que com um cão, talvez tivesse mais oportunidades de circulação.  A verdade é que se escutássemos mais vezes as crianças, compreenderiamos que vivem a um ritmo completamente diferente do nosso. Às crianças, tanto importa aprender todo o currículo do 1° ano ou só metade ou até 1/4 do que alguns adultos decidiram que as crianças deveriam saber em determinada idade. Às crianças interessa a liberdade, o recreio, as brincadeiras! Desafio-vos a perguntar a qualquer criança pequena, o que mais gostam nas suas escolas.  Nós somos daqueles que têm sorte no confinamento, com equipamento lúdico disponível, amplo espaço exterior, entre o rio, o monte e o m

O "trabalho" das crianças é brincar e não pode medir-se apenas pela quantidade de trabalhos produzidos em papel!

Imagem
Eu sei que ainda há famílias que se baseiam nos "portfólios" que trazem dos jardins-de-infância para formarem uma opinião sobre o trabalho dos seus Educadores. Há quem compare o número de "fichas" (daquelas modelo standard) 🤢 para perceber se a criança trabalhou muito ou pouco durante esse ano...  Caros leitores (poucos, a contar pelo número de subscritores da página), o  primeiro mito a desvendar é sobre o "trabalho" da criança. O trabalho da criança é brincar! É a brincar que ela aprende tudo aquilo que necessita para se desenvolver na fase em que se encontra. O que pode fazer o Educador? Cuidar do ambiente, enriquecê-lo, trazendo propostas diferentes que permitam possibilidades de exploração concretas, interagir e observar.  Lamento informar que nem todas as aprendizagens se podem guardar num portfólio de trabalhos para que os pais possam folhear no meio ou final do ano. Além disso, é humanamente impossível registar tudo por escrito... Nem

Os Super-heróis dos dias de hoje!

Imagem
  Os verdadeiros Super-heróis dos tempos modernos são os nossos filhos, que enfrentam o E@D melhor que muitos adultos!  Os verdadeiros Super-heróis são os professores, que fazem o melhor que podem e sabem, para que tudo pareça o mais normal possível. Os verdadeiros Super-heróis, são os pais, as famílias, que procuram ajustar-se às novas regras todos os dias.  Os verdadeiros Super-heróis são aqueles que trabalham para que não nos faltem alimentos, cuidados de saúde, para que haja recolha de lixo... Entre muitas outras profissões.  Os verdadeiros Super-heróis são resilientes e ajudam aqueles que precisam de um incentivo.  Os verdadeiros Super-heróis não desistem, lutam por aquilo em que acreditam!  Os verdadeiros Super-heróis somos todos nós! Liberta o Super-herói que há em ti ❤️

"Temos a arte para não morrer da verdade." (F. Nietzsche)

Imagem
Entramos no último fim de semana antes do início do E@D e esta citação não me sai da cabeça... Quanto mais se fala em aulas síncronas e assíncronas, mais eu penso que mundo precisa é de apreciadores de arte.  Na verdade,acredito que este é um dos maiores desafios da educação nos dias de hoje pois a arte preenche as nossas vidas nas suas mais variadas formas, só que nem sempre as mentes se despertam para parar, para contemplar, para se envolver, para experimentar, para usufruir, para criar... Todas as disciplinas do currículo cabem dentro da Arte. Não seria mais simples motivar as crianças apenas através das suas mais variadas formas de expressão? Porque é que se continuam a compartimentar saberes e a debitar conteúdos de disciplinas como se vivêssemos num mundo de separadores?  É preciso dar tempo às crianças!  E a natureza, essa primeira e mais bela forma de arte, jamais deve ser esquecida ❤️ ou permitir que nos privem de contactar com ela!

Confinamento - Parte 2 (Interrupção Lectiva)

Imagem
Estamos numa interrupção lectiva forçada e tal como o nome indica, interrompemos todas as actividades lectivas. Isto significa que a miúda tem aproveitado todo o tempo para brincar, ver televisão, andar de bicicleta, dormir... Enfim, o que lhe apetece! Não há qualquer trabalho escolar, nem uma "ficha", nada, niente, nothing!  Cá em casa nunca usamos a TV ou outros dispositivos electrónicos como "babysitter" e talvez seja por isso que a nossa filha os deixe sempre como última opção.  Acredito que a aprendizagem se faz em contexto, na vida prática e diária. Por isso, este intervalo de escola (apesar de forçado) constitui-se como uma oportunidade única de desenvolvimento de competências que por sua vez se irão reflectir positivamente nos resultados escolares. Ao fazer um bolo, está a aprender sobre unidades de medida e quantidades, ao pôr a mesa está a trabalhar quantidades e divisões. Ao fazer de conta, está a colocar-se no lugar de diferentes personagens, experimenta