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A mostrar mensagens de setembro, 2020

Eu sei que os parques infantis estão fechados... Mas tomei a liberdade de desobedecer!

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  Não sei se já se deram conta de que as nossas crianças "não devem" frequentar parques infantis públicos há cerca de 6 meses... Pois é... O problema é que a infância não pode esperar tanto. Seis meses é muito para a vida de uma criança e a própria infância desenvolve-se num curto espaço de tempo. Por isso, tomei a liberdade de desrespeitar a regra e fomos ao parque! Experimentar diferentes sensações (baloiçar, escorregar, rodopiar, trepar) e socializar fora do círculo familiar ou escolar, é tão importante como ter uma alimentação saudável. A diferença é que este tipo de experiências alimenta a formação da personalidade e o desenvolvimento pessoal de cada um.  Cada vez mais observo uma histeria desmedida à volta da Covid19 e há coisas que simplesmente não fazem qualquer sentido. Não desvalorizando o impacto desta pandemia (até porque pertenço a um grupo de risco), é tempo de repensar determinados procedimentos e a forma como estão a ser implementados, bem como o impacto que t

Ser Educadora de risco em tempo de pandemia...

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Em Junho não regressei à escola! Apelidei de "Covidiotas" aqueles que diziam não ter medo vírus, que até olhavam de lado quem usava máscaras, blá, blá, blá... Podem ver num dos posts anteriores. No entanto, fui-me preparando para um  regresso presencial. Consultei um médico da especialidade (que em junho não estava disponível), tomei vacinas, comprei máscaras, desinfectantes e voltei à escola com alguma noção da realidade. E a realidade baseia-se no factor "sorte", estilo roleta russa.  Se continuo com medo de ficar infectada? Claro que sim! Mas eu sou feliz no meu trabalho! Também não é por existir a possibilidade de ser atropelada ou de ter um acidente, que deixo de sair à rua.  Sabemos mais agora do que em Março ou Junho!  Muitos dos "heróis Covidiotas" de Junho, os mesmos que me inspiraram na altura, parecem estar agora a "panicar". Agora, que perceberam a dimensão das coisas sem se terem prevenido antes.  Tenho observado exageros em coisas t

Área da linguagem - coordenação e motricidade fina (treinar o traço para a escrita)

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Estamos no primeiro fim de semana após o início das aulas e por cá, os TPC's ficam à consideração da pequena. Se quer fazer, faz, se não quer, tudo bem. "Seguir a criança" é respeitar os seus interesses e o seu ritmo. Ao adulto, cabe a tarefa de cuidar do ambiente e observar. Através da observação conseguimos perceber os seus interesses e necessidades, preparando ambientes que possam despertar o interesse por outras áreas na qual a criança se possa sentir menos à vontade ou, por outro lado, aumentar o conhecimento numa área ou interesse específico. É, no entanto importante manter um equilíbrio em termos de desenvolvimento e coerência por parte das propostas do adulto. Apesar de já ser capaz de ler há algum tempo, a Íris ainda não escreve ao mesmo ritmo (como é óbvio, pois tem apenas 5 anos). Hoje, pela manhã, demonstrou interesse pelos encaixes metálicos (que no nosso caso são de plástico).  Os encaixes metálicos são um material que se enquadra na área da linguagem pois p

Não existe "novo normal"!

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Ou é normal ou não é normal... E se é novo, não pode ser normal! É normal uma criança brincar, ir ao parque, correr, saltar, dar gargalhadas com os amigos, subir às árvores, sujar-se, fazer birras, chorar, querer colo... Não é normal querer que crianças usem máscaras na escola, que todos os adultos estejam sempre de máscara e distanciados, que privem os mais pequenos de conviver uns com os outros...  É normal que se expliquem as razões do uso de máscara pelos adultos, que se ensinem protocolos de etiqueta respiratória (tossir para o braço, por exemplo), de higiene (lavando frequentemente as mãos) e que estes procedimentos se façam de forma tranquila. Não é normal instalar um clima de medo e um ambiente asséptico. Só se é criança durante um curto espaço de tempo das suas vidas, façamos com que as nossas crianças iniciem um ano atípico da forma mais tranquila e normal possível!  Como? Com adultos conscientes do perigo, calmos e responsáveis pois dessas atitudes depende o equilíbrio emoci

"Raisparta" a bolha!

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Já aqui referi anteriormente que pertenço a um grupo de risco (e continuo a pertencer). No entanto, os tempos mudam e nós mudamos com eles... Sou Educadora e o meu trabalho só se pode fazer presencialmente, pois é relacional, é um trabalho de afectos e de extrema importância na formação da personalidade dos adultos do futuro.  Desde que esta pandemia começou, acho que todos nós já tivemos oportunidade de ir conhecendo um pouco mais sobre este vírus, que continua a ser, maioritariamente, uma interrogação. No entanto, temos que conviver com o Covid19, quer queiramos, quer não!  Fomos apanhados de surpresa em Março e cada um reagiu de forma diferente. Confesso que deixei de ver noticias sobre "a coisa", na televisão (o que foi benéfico) e procurei resguardar-me a mim e à minha família durante esses primeiros tempos, sobretudo depois da perda de um familiar, evitando contactos fora do núcleo próximo, idas às compras (fazendo com que as compras venham até nós) e tendo o cuidado de