Entre mimos e brincadeiras!

A única pessoa com quem devemos comparar os nossos filhos, é com  próprios! Sem descurar que existem períodos de referência para a aquisição de determinadas competências e habilidades, é importante perceber que cada criança tem o seu próprio ritmo de desenvolvimento. Por vezes ainda nos deixamos levar pelos ditados populares, tais como: "aos seis assenta, aos sete adenta, ao ano andante, aos dois falante..." quando na verdade, não é isto que acontece com todas as crianças pois depende muito da maturação de cada um, dos estímulos e dos interesses. Uns começam mais cedo a fazer umas coisas e outros, outras coisas, não são melhores nem piores, apenas diferentes!  Não existindo qualquer motivo de preocupação por parte dos pais, médicos ou Educadores de Infância, a nível de desenvolvimento físico, emocional e intelectual, que se desviem largamente dos padrões ditos "normais" é só dar-lhes tempo! E espaço... O tempo é importante e isto de crescer não é uma

As mesas de luz são inspiradas na pedagogia Reggio Emilia e traduzem-se num valioso recurso para as nossas crianças. Quando eu era pequena, adorava as mesas dos arquitectos do local onde a minha mãe trabalhava, mas não lhes podia tocar pois não era um instrumento para crianças.  Hoje em dia, pode ser um recurso lúdico e educativo. Porquê? Captam facilmente a atenção da criança (parecem mágicas) e estimulam a capacidade de concentração ao mesmo tempo que se torna uma actividade relaxante. Promovem o desenvolvimento do sentido da visão, discriminação de cores, detalhes, silhuetas... É uma experiência única e divertida na qual podem dar espaço à imaginação e criatividade. Permite uma infinidade de explorações! Devem cumprir alguns requisitos, tais como ter luz uniforme mas com pouca intensidade para não prejudicar os olhos, não se devem ver pontos ou linhas de luz ou sombra. Qualquer das opções de mesa ou caixa tem um pequeno senão, costumam ser um pouco dispendiosas porqu

Nem sempre será fácil, mas, onde quer que vão, levem os vossos filhos convosco! É através do modelo dos pais que os nossos filhos aprendem a lidar com o mundo. Se os excluirmos, terão mais dificuldades em adequar os seus comportamentos às situações e aos locais em que se encontram. Desde que nasceu,que a nossa pequena nos acompanha, nas idas ao café, supermercado, caminhadas, festas, passeios de bicicleta, patinagem, museus, teatro e até em formações... E por isso sabe como adequar o comportamento em cada local.  Não conseguimos imaginar a parentalidade de outra forma, que não seja incluir a nossa filha nas nossas vidas. Compreendo que haja quem consiga deixar os filhos com os avós uma noite ou outra para saírem a sós, mas por cá isso também ainda nunca aconteceu. Enquanto crescem, vão-nos surpreendendo. Desta vez, na visita à catedral de Léon, também usou o audio-guia, no qual ia marcando os números à medida que os ouvia. Foi comentando o que via, quer nos mon

"As crianças aprendem o que vivem!" Queremos o melhor para os nossos filhos e por isso procuramos dar-lhes a oportunidade de ter diferentes perspectivas. ("As crianças aprendem o que vivem", é  também o título de um livro de Rachel Harris e Dorothy Law Nolte, editado pela Bizâncio e que recomendo a leitura.) Este ano, a nossa Páscoa foi diferente das anteriores.  É que nos anos anteriores, "a Páscoa" era aquele dia em que o Papá e a Mamã saíam bem cedinho de casa e regressavam tarde, cansados, porque tinham ido anunciar Cristo Ressuscitado.  Só que a mensagem que Jesus nos deixou, fala-nos do amor ao próximo e o amor mais próximo que temos é a nossa filha, a nossa família. Conscientes de que "Ele" está em todo o lado e caminha connosco, este ano, em família, quisemos mostrar à nossa filha que a Páscoa pode ser vivida de forma diferente e não deixa de ser celebrada! Tivemos tempo para viver alegrias,para refletir sobre a fé

23 de Abril, Dia Mundial do escoteiro. Não podia deixar passar este dia sem relembrar alguns dos meus momentos escotistas.  Estou inactiva ha alguns anos mas o escotismo fica em nós para sempre! As vivências e as aprendizagens ficam guardadas e quando precisamos delas, simplesmente aparecem! "Be prepared!" Que outro estilo educativo se baseia na educação voluntária e nos "ensina" a estar preparado para qualquer situação, a resolver os problemas que possam surgir e a educar para a paz e fraternidade? É esta educação que desejo para a minha filha e para as "minhas" crianças. Que estejam preparadas para reagir às adversidades, que se tornem autónomas e independentes.  Que resistam, persistam e não desistam! Que compreendam que a aprendizagem não tem limites e que a Natureza é a melhor escola que temos. Que consigam agir com calma, responsabilidade e seriedade perante os desafios. E agora vou confessar-vos que raramente saio d

Tínhamos planeado as coisas de outra forma e até levamos um trenó para a pequena... Mas ela quis fazer a aula de esqui e gostou tanto que nem quis tirar o trenó do carro! Não temos foto da aula, com a professora Carmen, mas pelo que nos pareceu e pelo entusiasmo, foi uma alegria descer a pista!! Se ela pudesse, ficava lá mais tempo! Como tínhamos que nos revezar para descer à vez, uma vez que o Papá estava a fazer snowboard e nao havia onde a deixar, aproveitamos umas descidas mais pequeninas, mas talvez mais difíceis porque eram pouco inclinadas, a neve estava muito mole e havia alguns obstáculos.  Foi uma forma diferente de "brincar" ao frio, esquiando, em alternância com as construções na neve.  Quando cá voltarmos, (porque agora a época já está a terminar) aproveitaremos mais 😉  Acho que queremos repetir!!! Aguardaremos ansiosamente a próxima época de inverno! 🎿

Desde que devidamente "equipadas" as crianças, podem e devem brincar no exterior, mesmo com baixas temperaturas.  Muitas vezes, na escola, torna-se difícil deixar que brinquem lá fora, quando está frio ou quando chove, pois raramente as nossas crianças levam calçado e roupa adequados.  Por vezes também é necessário explicar aos pais que a habituação a diferentes estados atmosféricos e temperaturas mais baixas pode contribuir para melhorar o sistema imunitário da criança. Claro que, devidamente agasalhados e calçados. Por estes dias, tivemos a sorte de poder brincar com a neve! Claro que as "construções" tinham que existir... Fizemos um "trono" com a mamã e um boneco de neve com o papá.  No início, a pequena queria fazê-lo sem luvas, mas depois de experimentar por si, logo percebeu que era melhor usá-las.  Aprendeu, porque experimentou e não porque alguém lhe disse, o que foi bem mais enriquecedor. Durante a brincadeira ainda percebemos que a

A percepção táctil, é a capacidade que temos de perceber através do toque, através da pele, as características de um objecto.  A estimulação sensorial permite que a criança compreenda que existem diferentes formas de percepcionar o mundo que a rodeia. Ao utilizar as mãos, na exploração de diferentes texturas, temperaturas, dimensões e pesos, o sistema nervoso central vai aumentar o nível de informações recebidas, promovendo a estimulação cognitiva.  Ao promover o desenvolvimento motor e cognitivo através da estimulação sensorial táctil, como neste simples jogo de pares, estamos a oferecer à criança a possibilidade de aprimorar a coordenação motora, atenção e memória, tão importantes no processo futuro de aprendizagem da leitura e escrita. Como hoje o tempo está chuvoso, ficamos por casa e "jogamos" os "pares tácteis", da marca "VIGA".  É bastante simples, podemos fazer a demonstração ao estilo "montessori", em que o adult

  E depois do cinema... Ainda houve tempo para um passeio no campo, sujar as sapatilhas com terra, contemplar o rio e os patos...   Exploramos caminhos, observamos as marcas das rodas dos tractores, a vegetação e recolhemos tesouros... Diz ela que não sabe falar "gatês" mas que o gato disse que "sim" com a cabeça 😂! Haverá melhor forma de finalizar a tarde? 🥰

Os arranjos florais permitem à criança o desenvolvimento de diferentes habilidades m otoras, tais como a  utilização correta de uma tesoura e o  controle de intensidade de movimentos (manipular as flores com cuidado, encher a "jarra", que é de vidro e com a qual devem ter precaução pois pode partir). Em  harmonia com a natureza, um arranjo floral é uma forma de educação estética, pois a criança conjuga tipos de flores e diferentes cores para embelezar o  ambiente em que se encontra.  No nosso caso, a ideia surgiu com um frasco de vidro (bastante pequeno) que ia para a reciclagem se não lhe encontrassemos outra utilidade. Como já tinha prometido fazer um arranjo há uns tempos, aproveitamos o frasquinho para o efeito. Preparei o tabuleiro com o frasco e a tesoura e colhemos flores do nosso mini-jardim, que a Íris cuida habitualmente com empenho. Utilizamos o regador para encher a "jarra" mas percebemos que não era o mais adequado pois a "boca"

Cada coisa no seu lugar, ok? Salvaguardo desde já que não tenho nada contra as viagens com os pequenos. É mesmo esta a ideia do "melhor que", que me faz confusão pois cada qual tem a sua importância. Até parece o meu perfil obsessivo-compulsivo a vir à tona, mas há já muito tempo que queria escrever sobre este assunto. As coisas bem arrumadas e explicadas deixam-me mais tranquila.  Aliás, no fundo, talvez seja por pensar assim que me comecei a interessar mais pelo método Montessori, mas esta parte não está totalmente clara (ainda) por isso fica para mais tarde. Esta é apenas a minha humilde opinião, reflexão e interpretação, que não se baseia em estudo nenhum... Sabendo eu que as famílias são permeáveis às informações que lhes chegam pelos mais diferentes meios (redes sociais, comunicação social, influências familiares, opiniões de amigos),considero importante esclarecer esta "coisa" das viagens com os filhos serem melhor que oferecer brinquedos. É q

Temos uma "amiguinha nova cá em casa", a "Pinkie"!  A pequena está tão apaixonada por ela que até a encontrei a falar sozinha: "- Esta boneca tem poderes! Tem o poder de criar a vida... 😂😂😂" Então fizemos dela uma "estrela" de cinema! Criamos um cenário, procuramos adereços cá em casa e aqui está o resultado da nossa pequena brincadeira cinematográfica: Foi divertido mas, foi preciso imaginar um contexto (onde se iria passar a história), adequar adereços, repetir cenas, filmar, editar o vídeo e escolher a música de fundo. Afinal, fazer cinema não deve ser assim tão fácil 😉!

Há quem não perceba como é que ainda dormes na nossa cama... Eu é que não compreendo como poderia ter-te noutro lugar que não fosse junto a mim!  Devia ser possível congelar momentos para que pudéssemos voltar a eles de vez em quando. Para olhar, tocar, sentir, cheirar... Ter-te aqui ao meu lado, agora, é um deles! Dizem que o olfacto é dos sentidos que mais memórias nos trazem. E como eu gosto do teu cheirinho!!  Gosto de te olhar enquanto dormes, de te abraçar, segurar a tua mão e dar beijinhos ❤️. É como fazemos de dia, mas à noite, à noite é especial. É que tu sentes-te segura e nós também (apesar dos pontapés), dormimos todos melhor! Não me importava nada de viver repetidamente os nossos dias banais para sempre! De ficar em casa contigo, a brincar ou a ver um filme no sofá... E de me surpreender todos os dias com o que dizes, com o que aprendes e o que fazes. Como eu te amo minha Princesa!

Maria Montessori viveu entre 1870 e 1952. Pedagoga, investigadora e médica italiana,  criou o “Método Montessori” que revolucionou a educação na infância. Criou materiais fantásticos que são utilizados nos dias de hoje. No entanto, nestes últimos 67 anos, a vida social e tecnológica mudou de tal forma que às vezes se torna um pouco difícil de nos abstrairmos de todas as inovações desde então, das quais, os bonecos, que hoje são muito muito diferentes do antigamente! Podemos, no entanto, seguir os 6 pilares do método: autoeducação, educação como ciência, educação cósmica, ambiente preparado, adulto preparado e criança equilibrada. Foi nesse sentido que, aproveitando o interesse da Íris por "fazer sózinha" a papa da sua boneca Tália, e que não queria que fosse líquida como da última vez, que trabalhamos algumas aprendizagens: Através da experimentação, foi adicionando ingredientes de forma a obter uma papa mais sólida, mais consistente. Ao alim