Acreditem nas capacidades dos vossos filhos e não os comparem com ninguém, além deles mesmos!

A única pessoa com quem devemos comparar os nossos filhos, é com  próprios!

Sem descurar que existem períodos de referência para a aquisição de determinadas competências e habilidades, é importante perceber que cada criança tem o seu próprio ritmo de desenvolvimento.

Por vezes ainda nos deixamos levar pelos ditados populares, tais como:"aos seis assenta, aos sete adenta, ao ano andante, aos dois falante..." quando na verdade, não é isto que acontece com todas as crianças pois depende muito da maturação de cada um, dos estímulos e dos interesses.
Uns começam mais cedo a fazer umas coisas e outros, outras coisas, não são melhores nem piores, apenas diferentes! 

Não existindo qualquer motivo de preocupação por parte dos pais, médicos ou Educadores de Infância, a nível de desenvolvimento físico, emocional e intelectual, que se desviem largamente dos padrões ditos "normais" é só dar-lhes tempo! E espaço...

O tempo é importante e isto de crescer não é uma "coisa" que se faça a correr, para ver quem chega primeiro! É preciso treinar, experimentar, falhar e voltar a tentar! Também é necessário que a criança esteja motivada, que se encontre num período sensível a determinada aprendizagem e que acreditem nela!

Confiando nas capacidades dos nossos filhos (que nunca serão iguais aos irmãos, primos ou filhos dos outros), a única pessoa com quem podemos compará-los é com eles mesmos, do ponto em que começaram ao ponto em que se encontram ou que chegaram!


Como? Observando a sua evolução, encorajando os progressos e aquisições. As vitórias, estão nas pequenas coisas. Por exemplo, há crianças que começaram a falar antes da idade esperada e a andar muito depois do esperado. Devemos valorizar as aquisições, independentemente da altura em que apareçam.

Se queremos educar para a paz, para a cooperação, para o respeito e inclusão talvez devêssemos deixar de importunar os pais com aquilo que as crianças ainda não fazem (e que ainda têm muito tempo para fazer) e de deixarmos de os frustrar ao comparar negativamente o seu desempenho com o sucesso de outros. Se deixarmos de transmitir à criança que as aprendizagens são uma competição, talvez educassemos mais para a paz e cooperação pois compreenderiam que existe diversidade e que esta diversidade é benéfica!

Cada um tem o seu talento especial, o seu "dom", aquela coisa que gosta mesmo, só precisamos de dar à criança o seu tempo e espaço necessário para que o descubra. Não precisamos de ser bons em tudo. Se cada um for bom numa coisa, em grupo, completam-se.

Por cá, as competências têm surgido dentro dos tempos esperados, mas encontro sempre quem diga: "ai, o 'X' faz isto ou aquilo muito melhor que a tua", ou porque andaram mais cedo, ou porque correm melhor, dormem melhor, deixaram a fralda, blá, blá, blá. 

E eu... Quero lá saber!!! Sorte a minha ter o conhecimento científico que me permite ignorar isto 🤦. 
Bem, às vezes respondo 😁... 

Reparo que ultimamente, a pequena cá de casa tem-se esforçado para desenvolver algumas das suas competências motoras (às vezes consigo ouvi-la dizer "eu consigo, eu consigo")!! E fico muito feliz porque o conseguiu, sózinha. 

Se há crianças mais novas que o fazem? Há! E que é que isso me interessa? Talvez existam crianças mais velhas, de 6 anos que ainda não tenham a consciência fonológica que ela tinha aos 3 anos... 

O importante é perceber que somos todos diferentes e temos ritmos diferentes! Só temos que nos respeitar mutuamente e valorizar o esforço de cada um. Acima de tudo, não é o fim que importa, é o processo que nos leva a esse fim 😉!




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