"Dra. Gabby" e o seu consultório médico!
A arte de fazer de conta é das mais belas linguagens da criança. O jogo simbólico (faz-de-conta) permite que a criança se coloque no lugar do outro, que represente um papel que não é o seu, na realidade.
Ao representar uma outra pessoa, está a experimentar sensações, a planear, a resolver situações e a imaginar.
Todos nós, ou talvez quase todos, já brincamos aos "médicos". A minha filha não é excepção, é talvez das suas brincadeiras favoritas.
Num cantinho da nossa sala, criamos um "Hospital" com urgência de pediatria.
Adaptamos algumas coisas (a banheira muda fraldas passou a marquesa, a registadora a ecógrafo), mudamos uns móveis de sítio, imprimimos umas coisas, plastificamos e ressuscitamos um computador antiguinho.
A bata era minha, quando andava na escola primária (dá para perceber que eu era mesmo pequena 😅, até porque esta não é a tamanho menor).
É pronto, a "Dra. Gabby" (que foi o nome que ela escolheu) está pronta para atender os seus pacientes!
O que temos no consultório:
- Fichas de paciente, raio-X, cartões de nomenclatura, órgãos do corpo humano e decorações, tudo da okapi;
- Tabelas de visão que encontrei no pinterest (uma com números, outras duas com imagens), blocos ne notas/receituário, canetas;
- Tabela de movimentos raio-X, para imitar posições, que descarreguei da Growing play
- Frasquinhos reutilizados com uns rótulos vintage que também (encontrei no pinterest para imprimir);
-Livros de consulta sobre o corpo humano;
- Termómetros de brincar, estetoscópio, medidor de tensão, pinças, etc (dos kits de médico que tinha cá em casa);
- Mini portátil, antiguinho, com um jogo de colocar os ossos nos locais correctos e "bloco de notas" para escrever digitalmente.
Depois de tudo montado diz ela:
-"Sabes mamã, agora nunca fico aborrecida! Mas o que eu gostei mesmo foi do computador!!"
Se podíamos ter a sala com menos brinquedos? Podíamos... Mas ela cresce muito depressa e um dia vamos ter saudades de toda esta confusão! E é tão bom vê-la assim, feliz!
Nota: Cá em casa não estamos constantemente a ver notícias sobre o coronavirus. Já explicamos uma vez a razão pela qual não podíamos saír, o encerramento da escola e a importância de lavar as mãos e... Ficamos por aí. Acredito que não há necessidade de stressar as crianças com este assunto. Sobretudo porque logo nos primeiros dias me viu chorar a perda de alguém muito querido e percebeu que não era uma "brincadeira". A partir de então temos orientado a vida diária para aproveitar da melhor forma o tempo que temos juntos.
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